sexta-feira, 25 de abril de 2008

Dia 5 - Noite de Abril


Dia 4 – O jogo do poder

A sociologia define poder, geralmente, como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira.
O poder expressa-se nas diversas relações sociais, assim, pode-se falar em relações de poder. Onde existem jogos e relações de poder, existe política. Por sua vez, a política expressa-se nas diversas formas de poder e pode ser entendida como a política relacionada ao Estado, como também, em um sentido mais amplo, e não menos importante, em outras dimensões da vida social.
Max Weber afirmava que a política não se restringe ao campo institucional estatal e explicita claramente, que a política permeia outras actividades da vida quotidiana.

“Hoje, nossas reflexões não se baseiam, decerto, num conceito tão amplo. Queremos compreender como política apenas a liderança, ou a influência sobre a liderança, de uma associação política, e, daí hoje, de um Estado” (WEBER, 1974, p. 97).

No uso trivial e às vezes um tanto depreciativo, política, como substantivo ou adjectivo, compreende as acções, jogos, comportamentos, intuitos, manobras, entendimentos e desentendimentos dos homens para conquistar o poder, ou uma parcela dele.
No fundo, considera-se política a arte de conquistar, manter e exercer o poder. É a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe. Como é que se consegue isso? Com jogos de poder.
Muito estudada em jogos de poder, a teoria dos jogos é um ramo da matemática aplicada que estuda situações estratégicas onde jogadores escolhem diferentes acções na tentativa de melhorar seu retorno. Devido a interesse em jogos como o dilema do prisioneiro, no qual interesses próprios e racionais prejudicam a todos, a teoria dos jogos vem sendo aplicada na ciência política.
O dilema do prisioneiro funciona da seguinte forma:

Dois suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A polícia tem provas insuficientes para os condenar, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo acordo: se um dos prisioneiros, confessando, testemunhar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos traírem o comparsa, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua decisão sem saber que decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro.

A questão que o dilema propõe é: o que vai acontecer? Como é que os prisioneiros vão reagir? Será que vai haver traição?

Ouvi dizer que na maioria dos casos cada suspeito leva 5anos de cadeia.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dia 3 – Liderar

Ouvi falar de uma história de autor desconhecido:

“Quando um ganso bate as asas, cria um ‘vácuo’ para o pássaro seguinte. Voando numa formação em V, o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha.”
Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade, podem atingir seus objetivos mais rápido e facilmente.

“Sempre que um ganso sai da formação, sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho. Rapidamente, volta para a formação, aproveitando a “aspiração” da ave imediatamente à sua frente.”

Lição: Se tivermos tanta sensibilidade quanto um ganso, permaneceremos em formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos disporemos a aceitar a sua ajuda, assim como prestar a nossa aos outros.

“Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente, um outro ganso assume o lugar, voando para a posição de ponta”.
Lição: É preciso acontecer um revezamento das tarefas pesadas e dividir a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras.

“Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente e aumentar a velocidade.”
Lição: Precisamos nos assegurar de que o nosso “ganso” seja encorajador para que a nossa equipe aumente o seu desempenho.

“Quando um ganso fica doente, ferido, ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim, eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás de um outro bando.”
Lição: Se nós tivermos bom senso tanto quanto os gansos, também estaremos ao lado dos outros nos momentos difíceis.

Ouvi dizer que seriam importantes esta liçoes para a politica Maiata e não só.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Dia2(.2) - Música transparente (como um auto-retrato político)

Há uma musica do Povo,
Nem sei dizer se é um Fado –
Que ouvindo-a há um ritmo novo
No ser que tenho guardado…
Ouvindo-a sou quem seria
Se desejar fosse ser…
É uma simples melodia
Das que se aprendem a viver…
Mas é tão consoladora
A vaga e triste canção…
Que a minha alma já não chora
Nem eu tenho coração…
Sou uma emoção estrangeira,
Um erro de sonho ido…
Canto de qualquer maneira
E acabo com um sentido!

Mariza - Há uma música do Povo

Dia 2(.1) - Politica maneirista

Ouvi dizer que o Renascimento em Portugal nunca existiu.
Descobri por ai que Portugal esteve fechado numa crise social, politica, económica e religiosa em tempos de Renascimento na Europa.
Aqui só chegou a palermice do maneirismo. Pelo menos no espectro político ouvi dizer que não há duvidas. Em Portugal só se olha para os melhores para se fazer o ridículo do melhor.
Ouvi dizer.

Dia 2 - Despertar consciências

Ouvi falar dum medo, um mal-estar profundo, uma comichão constante causada pela culpa. Não vou estar entre vós muito tempo. Acredito que se Deus criou o mundo em sete dias, eu posso deixar uma mensagem profunda na politica no mesmo intervalo de tempo.
Quero deixar bem claro que amo a politica e mais do que qualquer partido amo a vida e esta cidade.
Amo a vida, o ser humano criado não para fazer guerras mas para partilhar vidas em conjunto com objectivos comuns. A mensagem que pretendo deixar é simples e não perturbará ninguém. Não temeis amigos.
Pretendo lembrar que só pequenos “excessos” em tempos conturbados causam mudanças de rumo na História já longa do Homem. A “presunção” de achar que se está mais certo que um semelhante pode ser dramaticamente negativa quando é usada para proveito próprio e auto-vangloriamento mas não é isso que eu pretendo aqui.
Ouvi dizer que também pode descansar todo um planeta social na Maia quanto a isso. Apenas quero entrar dentro da praça politica de cada um e lembrar que foi criada para servir uma cidade e os seus cidadãos, não interesses pessoais e reinados absolutistas. A cena política não precisa necessariamente de ser um teatro de actores e marionetas com vilões grandes e pequenos, ladrões, falsos heróis e mendigos.
Ouvi dizer que o Homem teme sempre aquilo que desconhece e ouvi dizer que é do medo que surge a revolta e a mudança.
Penso que seria útil à Maia que dessa mudança nascesse algo marcadamente positivo. Apenas pretendo despertar algumas consciências. Para quem ainda as tem.

Ouvi dizer.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Alarmismo tonto

Tenho ouvido dizer que este J Castro Maia que sou é muita gente que não eu, que sou um politico fantasma, que sou um terrorista real, uma personagem misteriosa e sombria encoberta por seres (não) identificados. Já me pintaram de muitas cores, mas vejam só amigos, sou transparente.
Venho dizer que eu, J Castro Maia sou apenas eu, nada nem ninguém que vocês possam afigurar, sou aquela alma que habita dentro de vocês mas eu sou eu, quem vocês queriam ser.
Ouvi dizer.

Na vida como na politica

Ouvi dizer que há quem viva a vida dos outros. Que deixa de ter vida para viver em função de alguém.
Há quem assim viva porque quer. Vive uma vida “suicida” sem saber, que larga a vida que talvez nunca teve para viver a vida de outra pessoa.
Há quem assim viva porque não tem escolha, porque na sua própria vida não encontra sumo suficiente e então prefere ser outra pessoa.
Há quem encare personagens diferentes todos os dias, para se servir ou servir alguém.
Há quem viva uma vida prostituta em que é o que lhe der mais para comer.
Há quem escolha viver assim, por amor ou paixão, há quem viver assim porque é enfermo. Há quem não escolha viver assim.
Ouvi dizer que a vida é como uma dança sobre uma calçada em xadrez. Ouvi dizer que a politica é um jogo de xadrez. Ouvi dizer que a vida e a politica se misturam muitas vezes numa politica de vida.
Ouvi dizer.

sábado, 19 de abril de 2008